Uma jornalista às voltas com o serviço social: encantamento e
vertigem
Ana Lúcia Vaz*
Desde junho, trabalho como jornalista no Conselho Regional
de Serviço Social do Rio de Janeiro. Minha responsabilidade principal é
atualizar o site e produzir as matérias para a revista PRAXIS. Neste pouco
tempo, já pude participar de alguns eventos e debates significativos da
categoria, como o Encontro Nacional do Conjunto CFESS/CRESS.
Há sempre, nesses encontros, um sentimento ambíguo, de
reconhecimento e estranhamento. Em alguns momentos, me sinto revivendo a
militância estudantil dos anos 80. Em outros, recapitulo experiências dos quase
dez anos de imprensa sindical.
Atualmente, estou mais envolvida com lideranças de movimentos
sociais de favela e ocupação urbana. São pessoas que trazem questões bem
concretas da vida, do mundo que pouco enxergo com meus próprios olhos. Ainda
assim, ouvir assistentes sociais tem sido uma experiência única para conhecer
aspectos, em geral invisíveis, do mundo ao meu redor.